Oi gente! Boa noite!!
Hoje é o Dia do Silêncio, e decidi me juntar à Editora Valentina no movimento "Fale contra o abuso". Sei que não é um assunto agradável, mas é importante.
A campanha irá até o dia 18/05, que é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Uma vez fui a uma cidade em que fiquei completamente chocada com crianças, meninas que deveriam ter no máximo uns 12 anos, se prostituindo no calçadão da praia. Não vou dizer qual é, porque não quero entrar em conflito com pessoas que morem no local. Mas nunca fiquei tão chocada na minha vida.
Quando paro para pensar no abuso sexual, principalmente quando envolve crianças, perco toda a fé no ser humano. Não consigo aceitar que os seres que têm coragem de cometer esses abusos muitas vezes são familiares próximos, em quem as crianças confiam completamente. Graças a Deus nunca presenciei algo assim, mas sei que infelizmente é uma realidade presente na vida de muita gente. Então, o que eu espero que fique na mente de vocês, é o que está no banner abaixo. Nunca silenciem!!! Acompanhem as ações da campanha no facebook da editora, e divulguem essa ideia!
Aproveito a campanha para dividir com vocês mais uma vez minha opinião sobre um livro que achei completamente fantástico: Fale!.
Título: Fale!
Autora: Laurie Halse Anderson
Tradução: Flávia Carneiro Anderson
Sinopse: “Fale sobre você... Queremos saber o que tem a dizer.” Desde o primeiro momento, quando começou a estudar no colégio Merryweather, Melinda sabia que isso não passava de uma mentira deslavada, uma típica farsa encenada para os calouros. Os poucos amigos que tinha, ela perdeu ou vai perder, acabou isolada e jogada para escanteio. O que não é de admirar, afinal, a garota ligou para a polícia, destruiu a tradicional festinha que os veteranos promovem para comemorar a chegada das férias e, de quebra, mandou vários colegas para a cadeia. E agora ninguém mais quer saber dela, nem ao menos lhe dirigem a palavra (insultos e deboches, sim) ou lhe dedicam alguns minutos de atenção, com duvidosas exceções. Com o passar dos dias, Melinda vai murchando como uma planta sem água e emudece. Está tão só e tão fragilizada que não tem mais forças para reagir. Finalmente encontra abrigo nas aulas de arte, e será por meio de seu projeto artístico que tentará retomar a vida e enfrentar seus demônios: o que, de fato, ocorreu naquela maldita festa? (retirada da orelha do livro)
Eu amei essa capa desde o primeiro momento. Achei linda e muito delicada. Agora, ela me dá vontade de chorar. Todas essas bocas fechadas me fazem lembrar tudo o que a Melinda passou, tudo o que a transformou numa garota calada e sem nenhuma motivação para seguir em frente fazendo o seu melhor. Foi uma ideia muito boa usar a árvore, um elemento tão importante na história. Aliás, ficou fofa a diagramação, com os números das páginas dentro de arvorezinhas.
Melinda está no primeiro ano do ensino médio. Até o final do ensino fundamental, tinha uma vida normal. Tinha amigas que riam com ela, tirava boas notas. Mas algo aconteceu durante as férias, algo que a garota não teve coragem de contar a ninguém. Na verdade, ela leva um bom tempo para entender o que realmente aconteceu, e acha que ninguém acreditaria nela. Então, se torna uma pessoa completamente fechada. Suas notas caem de forma assustadora, e seus colegas a consideram cada vez mais estranha.